terça-feira, 30 de abril de 2013

O fim da reeleição

Brasília-DF- Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 27/04/2013
 
A proposta do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de acabar com a reeleição, com a adoção de um mandato de cinco anos, recebeu o apoio do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB-MG), e tem tudo para fazer parte de uma plataforma de oposição. Terá também a possível adesão de Marina Silva, da Rede Sustentabilidade. Ambos anteciparam-se aos respectivos partidos, nos quais certamente há prefeitos recém eleitos que podem se sentir prejudicados.

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Pode ser que a proposição ganhe algum apoio na coalizão governista, mas dificilmente será endossada pelo PT e pelo PMDB. Os dois partidos estão cada vez mais afinados e são sócios de um condomínio de poder, que eles pretendem manter por décadas. A reeleição, indiscutivelmente, favorece a permanência no topo. Não faltam, porém, exemplos de partidos que foram apeados do poder com dois mandatos, como é o caso do PSDB, com o presidente Fernando Henrique Cardoso, que patrocinou a emenda da reeleição.

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Aécio imagina mais duas mudanças : o voto distrital misto, com "metade das vagas eleitas por distrito e outra metade, aí sim, com voto em lista pelos partidos políticos". E o fim das coligações partidárias, um "instrumento de fortalecimento dos partidos políticos", o que, na prática, levaria à existência de um sistema partidário mais enxuto, provocando várias fusões.

Na base//  
O Ministério das Cidades liberou ontem R$ 464 milhões para obras de abastecimento d"água e esgotos sanitários no Nordeste. O ministro Aguinaldo Ribeiro também deu início às obras de 3.793 unidades habitacionais, do programa Minha Casa, Minha Vida, em 100 municípios de Minas Gerais.

Tese antiga
Aos que veem na proposta uma esperteza mineira, para facilitar a composição com os governadores tucanos de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do Paraná, Beto Richa, quiçá até com o ex-governador José Serra, Aécio se defende com o argumento de apresentou a tese em 1989, na Assembleia Nacional Constituinte.

Toalha
Aloizio Mercadante (PT) jogou a toalha ontem e anunciou que permanecerá no Ministério da Educação. Desistirá da candidatura ao governo de São Paulo. Soube que o nome preferido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e que Dilma prefere que ele continue na Esplanada. Mercadante faz parte do estado-maior da reeleição da presidente da República.

Interventor
O ex-deputado Sérgio Novais está pronto para assumir o controle do PSB no Ceará. Ele vai reorganizar a legenda, caso o governador Cid Gomes e seu irmão Ciro deixem o partido para apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff e não o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Segundo Novaes, a promessa do governo federal de levar uma refinaria da Petrobras para o Ceará consolidou o apoio dos irmãos Gomes à reeleição de Dilma.

Índios
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, inicia hoje o Mês da Vacinação dos Povos Indígenas, às 10h30, na aldeia Nova Itália, no município de Amaturá (AM). A meta é vacinar 196 mil indígenas, em 34 distritos sanitários especiais. Serão beneficiadas 172 etnias de 1.389 aldeias. Mais de 4 mil profissionais estarão envolvidos na operação, sendo 52% dos quais indígenas que desempenham as funções de agentes de saúde e de saneamento nas aldeias.

Anistia
O vereador Cesar Maia (DEM) apresentou um projeto na Câmara do Rio para revogar a cassação dos mandatos dos 18 vereadores do PCB, em 1948. Era, então, a maior bancada da casa. Um dos cassados foi Apparício Torelly, o Barão de Itararé (foto), que teve como slogan de campanha a frase: "Mais leite, mais água, mas menos água no leite".

Nova rede
Para melhorar a velocidade da internet, o Brasil terá que substituir o cobre por fibra óptica para 60% da rede atual. Dos 20 milhões de assinantes de banda larga no Brasil, são atendidos, via cobre, 12,2 milhões

Sem-terra/ O MST recebeu ontem o prêmio Prêmio Guernica para a Paz e Reconciliação de 2013, na cidade de Guernica, na Espanha. O prêmio foi entregue a João Paulo Rodrigues, da coordenação do MST, durante os atos de memória dos 76 anos do bombardeio de Guernica pelos nazistas. Cerca de 400 pessoas participaram da cerimônia.

Resistência/ Ao conceder o prêmio para o MST, o comitê de jurados afirmou que o movimento "está há 30 anos resistindo, de forma não

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