sexta-feira, 1 de março de 2013

Por que a pressa?

Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 22/02/2013

Mesmo os analistas mais experientes não têm uma explicação para a antecipação da campanha eleitoral de 2014, sobretudo pela presidente Dilma Rousseff, lançada à reeleição na quarta-feira pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ato comemorativo de 10 anos no poder do PT. Em circunstâncias normais, Dilma estaria empurrando a campanha eleitoral com a barriga para se beneficiar das ações administrativas do seu próprio governo.

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A resposta não está na movimentação da oposição. O tucano Aécio Neves (MG) é moderado por natureza. O discurso de quarta-feira no Senado foi uma satisfação aos críticos do seu estilo paz e amor na seção paulista da legenda, que tem dois presidenciáveis, o governador Geraldo Alckmin e José Serra. O governador Eduardo Campos (PSB-PE) é um dissimulado, deve permanecer assim até 2014. Marina Silva corre contra o tempo para montar um partido sem bancada e sem televisão.

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Do alto de sua popularidade, a pressa da candidatura à reeleição só tem explicação no contexto de sua própria base política e social, que reclama da forma como a presidente Dilma se relaciona com os aliados. Seria uma espécie de corre que o “volta, Lula” pode vir aí.

Dialética
Estrategistas do PT e do PSDB convergem num ponto: é preciso evitar uma terceira via. O discurso da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ato do PT de quarta-feira manteve o foco nos ataques ao governo de Fernando Henrique Cardoso com esse objetivo. E o discurso de Aécio Neves demarcou o campo da oposição antilulista. É a unidade dos contrários.

Mama África//
A presidente Dilma Rousseff afaga os líderes africanos, na 3ª Cúpula América do Sul–África (ASA), na Guiné Equatorial. No sábado, visitará a Nigéria, o maior parceiro comercial do Brasil no continente. O governo brasileiro mantém relações com 42 países africanos.

Renovação
A OAB discutirá, ainda neste semestre, uma proposta de emenda à Constituição com o objetivo de modificar a estrutura do Supremo Tribunal Federal (STF). A ideia é que os ministros exerçam mandatos de 10 anos, sem direito à recondução. Para o conselheiro federal Wadih Damous, o STF deveria ser um tribunal constitucional exclusivo.


Gol do Baixinho
Um “time” de políticos e especialistas foi escalado pelo “técnico” Romário, do PSB-RJ. O ex-jogador e deputado coordenará, semana que vem, no Congresso Nacional, as atividades da terceira edição brasileira do Dia Internacional das Doenças Raras. O objetivo é estimular a adoção de políticas públicas que facilitem o diagnóstico e o tratamento de pacientes e o suporte a familiares. Estão “convocados” o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o deputado Jean Wyllys (PSol-RJ) e os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Ana Amélia (PP-RS).

Tiroteio/ Não chamem para a mesma mesa o governador Tarso Genro (PT-RS) e o líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), seu ex-secretário de Infraestrutura. O petista culpa o socialista pelo atraso na construção da estrada ERS-010.

Acidentes/
A Fundacentro contabilizou 2.777 acidentes do trabalho fatais entre 2006 e 2008 no estado de São Paulo. Constatou-se que as fatalidades ocorreram principalmente entre jovens de 20 a 29 anos, a maioria formada por trabalhadores de baixa escolaridade.

Celular/
A Comissão de Viação e Transportes aprovou a reclassificação, de média para grave, da multa aplicada ao motorista que dirige utilizando aparelho celular.

Caminhoneiros
A Comissão Especial criada para revisar a Lei n° 12.619/12, sobre a jornada de trabalho dos caminhoneiros, começa a funcionar na próxima semana. O deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), presidente do colegiado, quer coibir as sobrejornadas acima de 10 horas para funcionários de transportadoras e de 12 horas para autônomos. A frota de caminhões no Brasil chega a 1,7 milhão


Amazônia
O líder do governo no Senado, Eduardo Braga, recebeu das mãos do ator Harrison Ford, no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo, o prêmio Global Conservation Hero, pelo trabalho que realizou para a conservação do meio ambiente como governador do Amazonas. Pela primeira vez, um político brasileiro recebeu a honraria. Ford é vice-presidente da Conservação Internacional.

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