sábado, 1 de dezembro de 2012

Um bom exemplo

Brasília-DF -Edson Luiz (interino)
Correio Braziliense - 01/12/2012

Uma ação da Polícia Federal, desencadeada ontem em sete estados, mostrou que paciência, cooperação e inteligência são indispensáveis para o sucesso de qualquer operação. Paciência porque, muitas vezes, leva-se muito tempo para chegar aos bandidos. Estrategicamente, não se atropela uma investigação quando pode haver algo mais valioso à frente. Cooperação também é essencial, como ilustra esse caso. As pessoas presas ontem pela PF eram integrantes de duas grandes facções criminosas do Rio de Janeiro e de São Paulo e, graças ao serviço de inteligência da corporação, foram localizados.

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É isso que deveria ter sido feito em São Paulo há pelo menos seis anos, o que evitaria os ataques criminosos ocorridos recentemente. Foi necessária uma troca de acusações entre o estado e o governo federal para que se fosse idealizada uma proposta de cooperação. Trabalho que deveria ter sido iniciado em 2006, quando a mesma onda de mortes ocorreu. Mas, antes de tudo, naquela época se pensou apenas na questão política.

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Se operações como essa da PF forem feitas com mais frequência e em cooperação com os estados, a situação pode mudar para melhor. Afinal, o grupo preso ontem movimentava pelo menos uma tonelada de crack vinda do Paraguai. Nas ruas, o volume chega a triplicar devido à adição de outras substâncias.
Ausência // O seminário do PSB realizado ontem, em Brasília, teve duas ausências importantes e que foram notadas pelos participantes: a do governador do Ceará, Cid Gomes, e do irmão, o ex-deputado Ciro Gomes. Os motivos das faltas não foram justificados nem pelo partido nem pelos dois políticos.

Pressão

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi um dos mais assediados no seminário do PSB, que teve como tema os governos municipais socialistas. Um dos que puxou Campos de lado para uma conversa mais reservada foi o deputado Romário (foto), do PSB-RJ. O assunto era a indicação de Júlio Delgado (PSB-MG) para disputar a presidência da Câmara.

De volta

Já sabendo que o Palácio do Planalto não iria atender aos apelos dos estados produtores de petróleo, os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), não apareceram no evento em que os vetos foram anunciados. Em compensação, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (foto), voltou a participar de uma solenidade, após deixar o hospital, no início do mês passado. Lobão estva internado devido a uma infecção bacteriana.

Beleza/ O Congresso tem mais uma frente parlamentar. É a Frente do Bem Estar da Pessoa, dos Produtos e Serviços de Higiene Pessoal. Resumindo, é o movimento da beleza, que também batalhará pela regulamentação das profissões de cabeleireiros, manicures, depiladores e esteticistas.

Santos/ Atenção, santistas saudosistas: hoje estarão em Brasília dois grandes nomes que fizeram história no time da Vila Belmiro. Um é o bicampeão mundial Mengálvio, que formava o ataque do Santos com Pelé, em 1962. O evento, que acontecerá na Galeteria do Lago, às 15h, terá ainda a presença de Robert, outro craque santista, bicampeão brasileiro de 2002.

Felipão

E por falar em futebol, as declarações do novo técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, de que "quem não quer pressão deve trabalhar no Banco do Brasil", foi o assunto principal da festa de fim de ano da instituição financeira realizada na sexta-feira, em Brasília. Para se ter uma ideia da repercussão, até aqueles que nunca falaram palavrões o fizeram pela primeira vez, inspirados em Felipão.

Disfarce

Nos e-mails rastreados pela Polícia Federal na Operação Durkheim, o codinome de alguns integrantes da quadrilha acusada de espionar autoridades para vender dados sigilosos chamaram a atenção dos investigadores. Um dos envolvidos se chamava de Tigrão. Outro se identificava como Falecom. Havia ainda um terceiro personagem que, apesar de ser do sexo masculino, tinha seu endereço eletrônico com o nome de uma mulher: Carla Margarida.

R$ 1,5 milhão

é quanto a quadrilha acusada de vender dossiês sobre políticos e empresários cobrava por relatório, segundo apurou a Operação Durkheim, desencadeada pela Polícia Federal nesta semana.

À disposição

Em depoimentos na Comissão da Verdade da Câmara, agentes que atuaram na repressão durante o regime militar avisaram que há mais pessoas, que também agiram naquele período, dispostas a falar. Elas estariam em São Paulo e em Minas Gerais.

Colaboraram Leandro Kleber e Denise Rothenburg

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