quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Contra o crack

Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 29/11/2012
Equipes do governo federal e do Distrito Federal estiveram reunidas durante toda a tarde de ontem no Palácio do Buriti para tratar de um assunto considerado prioritário: o combate ao crack. O plano de ação contra o uso da droga será anunciado em 7 de dezembro. Com apoio do Palácio do Planalto, Brasília terá o programa de referência contra o crack para todo o país. A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e o governador Agnelo Queiroz (PT) participaram da reunião.

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Presidência da República, ministérios da Justiça e da Saúde, secretarias de Saúde e de Segurança Pública do Distrito Federal, entre diversos outros órgãos federais e locais, participam da elaboração do programa. O secretário-chefe da Casa Civil, Swedenberger Barbosa, será o coordenador da comissão.

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Epidemia disseminada no país inteiro pelos traficantes de São Paulo, o crack foi apontado como uma das principais causas de violência nas cidades brasileiras. Causadora de dependência severa e morte de usuários, a droga tornou-se a preferida dos moradores de rua. A repressão às "cracolândias" no Rio de Janeiro e em São Paulo, porém, não tem dado resultados satisfatórios, mesmo com as polêmicas internações compulsórias.

Fala, Dirceu!

O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), cobrou ontem esclarecimentos do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu sobre as novas denúncias de tráfico de influência e venda de pareceres levantadas pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal. "Afinal de contas, esta não é a primeira vez que José Dirceu é vinculado a casos de corrupção. Num deles, ele já foi, inclusive, condenado", disparou.

Áudios

A procuradora da República Suzana Fairbanks, que coordenou a investigação no Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, em conjunto com a PF, negou ontem a existência de áudios entre Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República, e o ex-presidente Lula. O superintendente da Polícia Federal em São Paulo, delegado Roberto Troncon, admitiu que Lula foi grampeado. Rosemary foi exonerada do cargo na segunda-feira.

Moinho

Comentário maroto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (foto), na sala de embarque do Aeroporto Santos-Dumont, no Rio de Janeiro, sobre as viagens de Rosemary Nóvoa de Noronha na comitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Nada como um dia atrás do outro". De bem com a vida, o tucano anda com sorriso de aeromoça, como diria o falecido senador baiano Antonio Carlos Magalhães.

Cachoeira

"É o efeito Rosemary", ironizou ontem o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), ao comentar o recuo do relator da CPI do Cachoeira, Odair Cunha (PT-MG), que retirou do parecer a recomendação ao Conselho Nacional do Ministério Público para que investigue o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e o indiciamento de profissionais de imprensa.

De Minas// 

A cúpula do PMDB pretende emplacar mais um ministro na Esplanada dos Ministérios, de preferência um mineiro, para fazer companhia ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. O partido está de olho nos Transportes, pela importância da pasta em Minas.

Excedentes

Um grupo de 236 excedentes aprovados no último concurso da Polícia Federal, que teve 108 mil candidatos, pressiona o governo para ser efetivado. Alega que o Brasil está prestes a realizar três eventos mundiais e há carência de agentes. Até 2016, se aposentarão 2.270 policiais federais

Alta-tensão

O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann (foto), atualmente interino na pasta, disse ontem, durante audiência na Câmara, que o governo não recuará das mudanças impostas na renovação de concessões do setor elétrico com a Medida Provisória 579. O prazo de adesão das empresas às novas regras não será prorrogado, garantiu. Vence em 4 de dezembro.

Livro/ O momento supremo do Brasil — a Justiça conquistada: das CPIs ao julgamento do mensalão é o novo livro do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que faz uma análise do histórico julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) e, ao mesmo tempo, analisa de forma crítica as principais Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) já criadas no Congresso Nacional.

Azebudsman/ A ministra do STF Rosa Weber foi indicada pela presidente Dilma Rousseff para integrar a Corte, e não a ministra Cármem Lúcia, como publicamos na coluna de terça-feira, na nota intitulada Posse.

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